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Leonhard Frank Duch

Alguém já disse que a arte correio inverte a equação quantidade/qualidade e que por isso ela não pode ser pensada desde as categorias convencionais. Toda atividade humana produz rejeitos. Eles são o índice da nossa ineficiência como espécie. Da nossa incapacidade de associação. A arte correio é uma fábrica de refugos. E uma máquina associativa. Os seus rejeitos são as grandes obras. Não deveriam ocorrer, mas ocorrem. Sob toneladas de detrito, em meio à multidão sem rostos, elas, vez por outra, ganham os holofotes. Em terras tupiniquins, poucos artistas produziram tão bons trabalhos quanto Leonhard Frank Duch. Suas ‘histórias em quadrinho’ e seus livros de artista são pequenos cristais na imensidão do caos.